Sinais e Sintomas Emocionais
A tentativa de parar a dor
A compulsão alimentar vem entrelaçada com a busca por alívio temporário da angústia emocional, mas se torna um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que alivia a angústia causadora do episódio compulsivo, o próprio ato se torna fonte de de mais angústia, que agora é acompanhada de culpa e vergonha.
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Sensação avassaladora de falta de controle em relação ao comportamento alimentar.
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Sente-se fora de controle em relação à comida.
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Tem medo de comer em público ou com outras pessoas.
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Afasta-se de amigos e atividades habituais (isolamento social).
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Sente-se alto, entorpecido ou dissociado durante o episódio de compulsão.
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Sentindo-se desesperado para quebrar o ciclo da compulsão alimentar
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Episódios repetidos de compulsão alimentar, que resultam em sentimentos de vergonha ou culpa.
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Constrangimento com a aparência física.
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Sente-se extremamente angustiado, chateado e ansioso durante e após um episódio de compulsão alimentar.
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Sente medo da desaprovação dos outros.
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Excessivamente sensível a referências sobre peso ou aparência.
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Auto-aversão, auto-ódio, sentimentos de nojo.
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Depressão e/ou ansiedade.
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Sentimentos de baixa autoestima.
É consenso na comunidade psiquiátrica que a compulsão alimentar é uma tentativa de enfrentar, ainda que momentaneamente, as complexas emoções que sentem.
Frequentemente o ciclo se inicia devido à uma situação de stress e se mantém para diminuir esse nível, uma espécie de "anestesia emocional" que reduz momentaneamente a intensidade das emoções desagradáveis, numa tentativa de se sentir melhor, pois indivíduos com transtornos alimentares têm dificuldades de se regular emocionalmente, o que os torna reféns do distúrbio.
Além de todas as implicações já descritas, a ciclagem de peso tem consequências para a saúde física, mas também tem muitas consequências psicológicas ao passar pelos altos e baixos emocionais da perda e recuperação de peso, que são muitas vezes exacerbadas por comentários de outras pessoas (por exemplo, sobre mudanças na aparência física)
Pessoas com transtorno de compulsão alimentar periódica que também vivem em um corpo maior geralmente sofrem estigma adicional e discriminação de tamanho.
O momento da compulsão alimentar é carregado de desespero, que posteriormente é seguido por uma avalanche de emoções negativas em que a pessoa se encontra em um ciclo doloroso de arrependimento, culpa e impotência, questiona a própria capacidade de resistir aos impulsos alimentares, a sua força de vontade e autocontrole se castigando mentalmente.
A autocrítica no TCAP não é apenas no reconhecimento dos excessos, geralmente evolui para um julgamento severo de si mesmo, contribuindo para um ciclo de intenso sofrimento emocional que, muitas vezes, é difícil de ser compreendido e ainda mais difícil de ser superado sem tratamento especializado.
