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  • Foto do escritorAdriana Borowski

COMO LIDAR COM PENSAMENTOS DE CULPA DOS T.A.s



Se você sofre com um transtorno alimentar ou tem uma alimentação disfuncional, certamente você já teve  pensamentos intrusivos de culpa, pois são comuns nos transtornos alimentares e podem ser intensos e debilitantes. Eles podem se manifestar de várias maneiras, dependendo do tipo específico de transtorno alimentar e das circunstâncias individuais de cada pessoa. Aqui estão algumas formas como esses pensamentos de culpa podem se manifestar e logo em seguida algumas alternativas para você lidar com eles e se sentir um pouco melhor.

Vamos lá?!


  • Culpa pela ingestão de alimentos: pessoas com transtornos alimentares experimentam culpa intensa depois de comer e podem sentir-se culpadas por consumir qualquer quantidade de comida. Eles podem se punir mentalmente por "quebrar as regras" ou "fracassar" em seu objetivo de comer pouco.


  • Culpa pelo tipo de alimento consumido: em alguns casos, a culpa está relacionada ao tipo específico de alimento consumido. Por exemplo, você pode sentir-se extremamente culpado por comer alimentos considerados "gordurosos" ou "calóricos", mesmo em quantidades mínimas.

  • Culpa por não conseguir controlar a alimentação: muitas vezes você pode lutar com sentimentos de falta de controle em torno da comida e se culpar porque acha que não tem a força de vontade necessária para resistir aos impulsos alimentares ou por não conseguir manter uma dieta rigorosa. Mas deixe eu te contar uma coisa, “força de vontade não emagrece e nem mantém o peso de ninguém!”

  • Culpa por não estar "suficientemente magra": nesse caso a culpa pode estar relacionada à percepção distorcida do corpo  ou por não atenderem aos padrões irreais de beleza que estabeleceram para si mesmas.



Lidar com os pensamentos intrusivos de culpa nos transtornos alimentares é um desafio, mas existem estratégias e técnicas que podem ajudar você a enfrentá-los de forma mais saudável. Aqui estão algumas alternativas para lidar com esses pensamentos:

  • Praticar a autoaceitação e a compaixão: reconheça que ninguém é perfeito e que é normal cometer erros ou ter dificuldades ao lidar com a alimentação. Cultivar a compaixão por si mesmo pode ajudar a reduzir a autocrítica e a culpa.

Desafiar pensamentos distorcidos: a terapia pode ajudar a identificar e desafiar os padrões de pensamento negativos e distorcidos relacionados à alimentação e ao corpo. Ao questionar a validade desses pensamentos, é possível diminuir sua intensidade e frequência.


  • Desenvolver habilidades de enfrentamento: Aprender estratégias de enfrentamento saudáveis, como a resolução de problemas, a busca de apoio social e o desenvolvimento de habilidades de regulação emocional, pode ajudar a lidar com situações desencadeadoras de culpa relacionadas à alimentação.

  • Focar em objetivos e valores pessoais: em vez de se concentrar apenas na alimentação e no peso, concentre-se em seus valores pessoais e em metas que promovam seu bem-estar geral. Isso pode ajudar a colocar os pensamentos de culpa em perspectiva e a manter o foco no que realmente importa para você.


  • Praticar a atenção plena (mindfulness): aprender técnicas de atenção plena pode ajudar a desenvolver uma maior consciência dos pensamentos e emoções relacionados à alimentação, sem julgamento. Isso pode ajudar a reduzir a reatividade emocional e promover uma relação mais saudável com a comida.

  • Praticar o autocuidado: dedique tempo para cuidar de si mesmo de maneiras que não envolvam comida ou peso. Isso pode incluir atividades relaxantes, hobbies, exercícios físicos que você goste, conexão com amigos e familiares, entre outras formas de autocuidado.

  • Buscar apoio profissional: a terapia pode oferecer um ambiente seguro para explorar e enfrentar os pensamentos de culpa, além de fornecer orientação e suporte ao longo do processo de recuperação.

Superar os pensamentos intrusivos de culpa nos transtornos alimentares pode ser um processo gradual e desafiador. Se sentir que está sobrecarregada, não hesite em buscar ajuda profissional para orientação e apoio adicionais, pois esses pensamentos intrusivos de culpa podem ser persistentes e manterem o ciclo de comportamentos alimentares prejudiciais, reforçando ainda mais a relação disfuncional da pessoa com a comida e com o próprio corpo. É fundamental que essas questões sejam abordadas por meio de terapia e apoio adequado para promover a recuperação e o bem-estar emocional. 


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